CRÓNICAS DE: josé Soluciolino
Já estamos em 2011 e, apesar de ter passado algum tempo, julgo não ter passado a actualidade do assunto e por isso retomo-o;
Fui precipitado a fazer juízos sobre o debate Alegre-Cavaco. Não no que respeita às soluções que os candidatos pudessem apresentar. Quanto a isso, mantenho a minha opinião. Um vazio completo.
O que não esperava foi a repercussão do assunto BPN. Os noticiários do dia seguinte falaram muito nisso. E foi num desses programas que se fez luz.
Eu não tinha percebido. Poucos tinham percebido. O BPN não foi, e provavelmente nunca será um banco no sentido tradicional "instituição financeira que utilizando fundos de accionistas e de depositantes, financia projectos de investimento de particulares ou empresas e, que dessa actividade séria e de confiança (aqui entra o conceito de goodwill), retira o seu sustento e o pagamento pelos serviços bancários".
Percebi, porque explicaram muito claramente que o BPN formou-se por vontade e capacidade de um grupo de influências, amizades, conhecimentos e cumplicidades políticas que perceberam as vantagens e conseguiram montar um esquema de branqueamento de capitais tóxicos.
Uma dona branca com capa de instituição bancária que serviu como fonte de financiamento para os seus esquemas. Quais são esses esquemas? Talvez em tribunal se consiga escrutinar.
Tinha subvalorizado a parte do debate em que o candidato Cavaco se mostrou violento e atacou Alegre através da actual administração gestora daquilo (a partir de agora recuso-me chamar-lhe banco), que tenta recuperar o buraco deixado pelo esquema criminoso de um grupo bem identificado.
Não há necessidade de tanta violência. Ou será que é uma daquelas situações em que se aplica o velho ditado "Quem não se sente, não é filho de boa gente"??
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