terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sem guitarras, não se faz fado.


CRÓNICAS DE: josé Soluciolino


Berlim só salva o euro depois de mandar nas contas dos Estados
Assim reza a notícia do Económico
Enquanto os ministros das Finanças se reúnem hoje em Bruxelas para decidir se poupam a Grécia à falência técnica nos próximos 20 dias, em Berlim o governo alemão anuncia a estratégia para salvar o euro do colapso, numa altura em que a Itália já  se financia a mais de 8%.
O objectivo é obter, o mais rápido possível, uma revisão do Tratado de Lisboa, criando uma união orçamental, a que Berlim chama ‘união de estabilidade", com sanções, sistemas de controlo e poderes intrusivos das autoridades europeias nas contas dos países do euro.
"Primeiro, temos de ter uma união de estabilidade e depois veremos como isso funciona", disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble "...
Diz-se de quem manda que "quem tem unhas toca viola" e quem não tem? Acompanha a cantar.
E temos que cantar mais alegrinhos mesmo que a chorar por dentro. A música é corridinha e já começou!

É o Nosso Fado!!

José Soluciolino

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

As bombas foram feitas para explodir. É da sua natureza!!

Já vai alta a noite e não tenho paciência para procurar muito por motivos para escrever a crónica de segunda-feira.
Mas tive sorte.
Na primeira página do primeiro jornal, uma grande capa.
MINISTRO COMPRA CARRO DE 86 MIL.
Mesmo ao lado uma foto do Sr Mota Soares e uma pequena caixa TROCA VESPA POR BOMBA.
Tá feita a chalaça.
O Mota troca a Vespa por Bomba de 86 mil. É cá uma explosão!!!
 
José Soluciolino

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Há necessidades necessárias e outras desnecessárias?!!

Negócios online 23/11/2011
O primeiro ministro publicou hoje em Diário da República um despacho onde atribui o subsídio de alojamento a mais 4 governantes.
Ao abrigo deste despacho, também Álvaro Santos Pereira (Ministro da Economia e Emprego), Paulo Lino (Secretário de Esestado da Defesa), António Almeida Henriques (Secretário de Estado da Economia) e Carlos Oliveira (Secretário de Estado do Empreendedorismo) vão receber uma ajuda mensal de 1.150 euros por não terem habitação própria em Lisboa.
Estes governantes vêm juntar-se a mais seis a quem já tinha sido autorizada a concessão deste apoio.

Ainda bem que o subsídio não é proporcional à distância da residência habitual. Para o Sr. Álvaro, que veio de Vancouver, uí uí!!

Outra coisa. Nem sabia que existia um Secretário de Estado do Empreendedorismo. Caramba, eles pensam em tudo.

Mais outra coisa. Chamar ajuda a 1.150 euros ? Xiça!!

Só mais uma coisa. Porque não aproveitar um imóvel, dos muitos que o estado tem em Lisboa, e acomodar todos esses senhores lá?

Talvez se poupassem uns trocos  e assim sempre se saberia onde os encontrar, caso seja necessário encontra-los, algum dia.
Cada qual saberá das suas necessidades.
Algumas, mesmo não expressas, sou capaz de as adivinhar!!

José Soluciolino

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O lado bom das coisas más? Por vezes até há!!

A jeito de provocação relataram-me a última anedota passada na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.

Foi mesmo aprovada uma alteração ao regimento da assembleia onde, a partir de agora um único deputado poderá expressar e fazer valer o voto de 25 colegas de partido.
É evidente que pensei imediatamente em ditaduras e outras coisas parecidas mas, não querendo ser precipitado , fiz uma pequena investigação e, d'um esclarecimento do PSD Madeira  retirei a seguinte citação;
... este procedimento é aplicado em S.Bento, porque o "Parlamento  da República funciona apenas com um quinto dos deputados, ou seja apenas  com 46 dos 230". 
Acrescentam que na Assembleia da República, "nas votações ordinárias,  exceto as que exigem votação por maioria qualificada, a votação é feita  pelo representante do partido e não através de votação presencial e nominal  da maioria dos seus membros em efetividade de funções", o que significa  que "neste caso, um deputado do PS vale por 74 e um do PSD por 122 nas respetivas  votações". 
"Este procedimento que não consta do Regimento, mas acordado na reunião  de líderes, é prática corrente no plenário", ... 

Afinal, Alberto João não inventou a roda.
Certo, é que borrifando-se para tudo e para todos, fez lei. Bem à sua maneira.

Vejo neste episódio um lado bom.
Se a coisa se revelar eficaz, pode ser que se poupe o ordenado de uma porção de chupistas.
Não acredito, mas é uma hipótese!!


José Soluciolino

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Estou espantado, e não sou pardal! Ando é um pouco apardalado!!

A EDA foi notícia na página da SAPO
22de Novembro de 2011

A Moody's cortou hoje, em um nível, o ‘rating' da EDA para Ba3. E empresa de Electricidade dos Açores fica ainda com uma perspectiva negativa. Com esta decisão a agência de notação financeira conclui o processo de revisão do ‘rating' da empresa que se iniciou em 8 de Julho deste ano.
Eu nem tenho palavras para comentar.
Que me apetecia cortar-lhes a electricidade, lá isso apetecia.

Espantado, mesmo espantado foi como fiquei ao ouvir o anuncio de existirem duas versões do Orçamento, razão pela qual o PS também se espanta.

Quem não se espantou foi o PSD que diz que a versão verdadeira é a que vai ser aprovada no Parlamento.

Pudera!!

José Soluciolino

terça-feira, 22 de novembro de 2011

3 meses podem ser 89 ou 92 dias, ou todas as outras hipóteses pelo meio!

Nota prévia: onde se lê "esta tarde" deve-se ler; ontem, dia 21 de Novembro.
O ministro da Economia começa este tarde a receber 50 empresários com o objectivo de conhecer as ideias das empresas para ajudar o país a sair da crise.
As reuniões começam já esta tarde com 25 grandes empresas nacionais exportadoras, e na terça-feira será a vez de mais um grupo de 25 empresas de produção nacional, disse à Lusa fonte oficial do Ministério.
Durante os próximos três meses, o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, irá também ouvir um conjunto de empresários de Pequenas e Médias Empresas de vários sectores com o objectivo de "manter um debate de ideias que seja um 'brainstorming' sem limites", acrescentou a mesma fonte.
Este conjunto de reuniões acontece depois de vários políticos de vários quadrantes terem criticado o Governo pela predominância das Finanças sobre a Economia e dias depois de o presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal ter dito que, para Álvaro Santos Pereira, "acabou-se o benefício da dúvida"

Irá algum dia ouvir outras forças "vivas" tipo sindicatos, associações, ordens, ou vai limitar-se mesmo aos empresários?
Julgo que só serão ouvidos os empresários.
E, sendo  assim, tenho duas leituras possíveis.

Não! Só tenho uma. Ao principio pensei em duas mas afinal é mesmo só uma.

Tudo o que for decidido será formatado à medida e necessidade dos patrões. Ponto final!!!
.........
.........

Peço perdão pela hesitação mas afinal tenho outra leitura.

Ao ler melhor o 2º paragrafo da notícia fico com a ideia que o ministro, ou não quer fazer nada , ou quer mais três meses para reflectir.
Fica também a certeza que "manter um debate de ideias que seja 'brainstorming' sem limites" quer dizer mesmo que qualquer ideia será discutida, por mais absurda que seja.


José Soluciolino

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Para ter boa cachaça é preciso boa fruta!

Mesmo antes de irmos para fim de semana, a ministra da agricultura desvalorizou a subida do IVA na alimentação para bebés, afirmando que as alturas de crise são alturas para "voltar a dar fruta em estado natural às crianças".

Assunção Cristas, que esteve no Parlamento a debater o Orçamento do Estado para 2012 na especialidade, respondia às críticas do deputado socialista Miguel Freitas, que está contra o aumento do IVA nos alimentos infantis.
"Basta falar com pediatras ou nutricionistas para perceber que boiões de fruta, de carne ou de peixe não é exactamente o que se deve dar aos bebés", respondeu.
A ministra acrescentou que "as alturas de crise são também alturas para os pais reflectirem sobre o que dão às crianças e voltar a dar fruta em estado natural, que não tem IVA".
E rematou: "não vejo ninguém da área da saúde com essas preocupações".

Percebo perfeitamente a preocupação da Sr.ª Ministra em "vender o seu peixinho".
Para defender a nossa agricultura e mais as outras coisas todas....

Falemos então n'outro produto agrícola. O vinho.
Pode ser que ela não saiba mas algumas dores e indisposições tinham solução no vinho.
A chucha molhada no vinho era remédio santo.
E toda a gente sabe que o IVA do vinho não subiu, e "tamos" a proteger a nossa "ingrincultura"!

José Soluciolino

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Do alto do teu falar, eu oiço. Todos ouvimos!

Justiça Cega , é um programa de televisão, com comentadores especialistas em coisas de direito e de justiça.
Ontem, fez referencia ao caso Duarte Lima e ouvi os comentadores a condenar as imagens passadas na televisão em directo, da detecção do tal senhor.
Chamaram-lhe espectáculo degradante. Excessiva exposição de pessoa. Violação grosseira do direito à boa imagem.
É verdade.

Mas também é verdade que está a tornar-se hábito em Portugal de utilizar os meios de comunicação para "lavagem" da imagem de alguns VIP's.

Se não perceberam o que quero dizer, aqui vai;
Novembro de 2008, Fátima Felgueiras, longa entrevista à RTP
Também em 2008, Dias Loureiro, longa entrevista à RTP
Agosto de 2010, Duarte Lima, longa entrevista à RTP
Setembro de 2010, Carlos Cruz, longa entrevista à RTP
Abril de 2011, Isaltino Morais, longa entrevista à RTP

O que é que poderá chamar a isto?
Em termos de espectáculo, que classificação dar?

O que mais me chateia é ser eu a pagar uma parcela desses "tempos de antena".
Por mais pequena que seja a parcela, sinto-me mal!


José Soluciolino

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Seremos 10 milhões de Chineses? Ou trata-se do efeito Paulo Futre?

A troika fez mais um diagnóstico da situação portuguesa. Produziu um relatório e deu várias conferencias de imprensa. A linguagem utilizada era muito técnica e, para nos ajudar, o ministro da finanças, Sr. Vítor Gaspar,  teve a amabilidade de nos traduzir para português simples as principais conclusões e recomendações.

Como de costume conseguiu o efeito adormecedor. Com... aquele...falar...pausado...lá foi...Ops! desculpem a precipitação ...lá...foi...respondendo...às...questões...que...mais...nos...afligem.

O efeito adormecedor foi fazendo o seu efeito e quase me punha a dormir não fosse o anuncio da "necessidade" de reduzir os salários do sector privado.

Acordei assarapantado e com as mãos a segurar as têmporas e a  resvalar ligeiramente para fora. Apercebi-me da alteração do formato dos olhos.
E aflito pensei, Estou a ficar achinesado!

Querem-nos achinesar. Para Portugal ser mais competitivo? Não tarda nada e o Paulo Futre não vai necessitar de mandar vir nenhum chinês!!
Aliás, terão os homens da troika visto as publicidades do Paulo Futre?

Será ele o culpado de nos quererem achinesar?


José Soluciolino

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ter ideias durante o sono, é sonhar! E sonhar não deve ser proibido.

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, acusa os guardas prisionais de receberem horas extraordinárias enquanto dormem.

“O que se passa é que, neste momento – e é preciso dizê-lo –, os senhores guardas prisionais trabalham por escalas, mas depois, se formos ver ao Orçamento, o custo das horas extraordinárias é de 12 milhões de euros. Não é muito razoável alguém que trabalha por escalas fazer horas extraordinárias."
E continuou....
E eu pergunto;
E o motorista que leva a Sr.ª ministra, nas suas deslocações entre a assembleia e o ministério, enquanto espera pela Sr.ª, sentado na viatura, para que sua excelência não perca um minutinho que seja do seu preciosíssimo tempo, para poder ir a um  ou outro acto oficial do tipo Jantar com alguém oficial, o motorista também está a ganhar horas extraordinárias, ou recebe um valor fixo de compensação pelo tempo que tem que esperar sentado?
Quanto às mudanças que a Sr.ª ministra promete, que tal dispensar os guardas prisionais e... cantar como os Delfins
Soltem os prisioneiros
Soltem os prisioneiros
Por todo o mundo
Há prisioneiros
Por todo o mundo

Soltem os prisioneiros do Rio de Janeiro
De Lisboa, Porto, Ofir, Aveiro
Guimarães, Faro, S. Paulo e Timor.....

É só uma ideia!

Nota:
Voltei às cantigas. Não sei porquê!

Só mais uma nota:
Viva a selecção!!!!


José Soluciolino



terça-feira, 15 de novembro de 2011

Para dar música é preciso ter um dom. Não basta ser "Dom Qualquer Coisa"!

Coisas do Sr. Álvaro.
Terá ele escrito num papel para ler na AdR e leu. Alguém fez o favor de transcrever para que eu pudesse aqui transcrever.
«O ano de 2012 vai certamente marcar o fim da crise e será o ano da retoma gradual»
Veio de seguida dizer que não anunciou o fim da crise mas sim que afirmou que 2012 "será o princípio do fim da crise".
Vê-se logo que não é escritor, nem poeta, nem músico. Mas vem-nos à memória uma frase batida, hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
Queria ele dar-nos música mas, não tem voz, nem inspiração, e que eu saiba nunca tocou violão.
Mas que nos quer dar música, lá isso quer.
E um pouco mais à frente, nas explicações para reformular o que disse, disse;
"Nós sabemos que as condições ainda vão piorar antes de melhorar",

Fui ver a letra da música do Sérgio e no segundo sexteto..

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Aplica-se ao Sr. Álvaro!!


José Soluciolino

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Falar em inglês, mas com orgulho Português! Toma!!

Áh Camões, que tanto penaste...

Em NY Cavaco Silva falou em português e eu pensei;
Boa. Tomem lá óh gringos. Traduzam se quiserem. Irritante, heim?

Uns dias mais tarde, perante representantes da comunidade luso-americana, volta a falar em português para poder mandar um recado para Portugal a pedir" maturidade cívica" aos portugueses empobrecidos pelo rigor orçamental. Irritante, heim?

E no entretanto, que é como quem diz entre um e outro dia, lá estava ele a falar a políticos e empresários de sucesso, emigrantes, luso descendentes e de primeira geração, para pedir o reavivar da alma Lusitânia e a exortar ao orgulho de ser português, a pedir que invistam em Portugal.
Lindo. Mas em inglês.

Pelo que percebi das reportagens, os luso americanos até que dominam razoavelmente o português. Com um sotaquesinho é bem verdade, mas não pior que a horrível pronuncia do Presidente da Republica  e do Ministro dos Negócios Estrangeiros.
E eles, emigrantes, ansiosos por praticar o português, para ver e falar com o PR, em português, levam com inglês nos queixos? Tá bom, tá.

O que é que se pode concluir? O que é?
Que só usam o português para irritar. É o que é!
Será o português tão irritante? Pergunto eu ao Camões.


José Soluciolino

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O meu mal é mais mau que o mal dos outros.

Portugal só precisa de novas medidas para 2013
Económico 10/11/2011
Ainda estava a meio deste título e pensei, Olha, enganaram-se!
Camisas e sapatos, ainda se podem usar os deste ano mas, calças e cintos, ou vão à costureira ou tem que ser substituídos por um número abaixo, e já em 2012.
Só chegando ao fim do texto é que caí em mim e afinal as medidas são orçamentais.
Piorou.
Afinal vai ser necessário um arranjo para dois ou três números abaixo!
O orçamento está a ser discutido e as decisões foram tomadas... e algumas a ser reveladas só agora.
É a chamada discussão e a provação na especialidade.
Até aqui foi na generalidade!

Entretanto, na mesma página da Net, noticias de dificuldades do outro lado do Atlântico.

Declarada maior falência municipal de sempre nos EUA
Está a acontecer no condado de Jefferson, no estado do Alabama.
Segundo as autoridades, a falência do condado é atribuível ao aumento dos juros das suas obrigações, à turbulência nos mercados, às restrições à concessão de crédito por parte da banca, gerada pela crise financeira  e a corrupção entre os responsáveis do governo local, estando a gerar sérios problemas na gestão dos assuntos correntes da localidade, tendo já a polícia local deixado de poder custear os encargos de lidar com acidentes de trânsito.
Até parece que estão a falar de Portugal.
Afinal o mal também é dos outros, mas com esse posso eu bem.
Com o meu é que não aguento!!


José Soluciolino

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Megafundos para buracos sem fundo, vão-nos levar mais fundo.

A criação de um megafundo imobiliário de oito mil milhões de euros, com dinheiro do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, é uma das propostas do economista Augusto Mateus para resolver parte dos problemas de liquidez do sistema financeiro português. O ex-ministro da Economia lançou a ideia deste fundo que seria composto por imóveis de proprietários que conhecem dificuldades para pagar os seus empréstimos à banca, mas também de património do Estado, como instalações hospitalares e quartéis que deixaram ou irão deixar de ter essas funções. Seria possível captar 200 a 300 mil proprietários de imóveis, que transformariam as hipotecas na banca em arrendamento no dito fundo, e com benefícios para todas as partes.
Pelas contas de Augusto Mateus, "Se for paga uma renda mensal de 4,5% sobre 100 mil, dá 4.500 euros anuais. Isto representa um valor inferior a 400 euros mensais de renda no fundo". O fundo tem de ser inicialmente público, mas poderia integrar privados numa segunda fase. "Este fundo poderia captar poupanças do exterior, e gerir importantes operações de urbanismo", conclui o antigo governante

Grande ideia. Trazer para os bancos dinheirinho fresco, todos os meses, continuar a vazar os bolsos de quem se entregou a gerentes de balcão ávidos de cumprir objectivos, criar um novo ramo de negócio, quem sabe, inventar uma nova tipologia de seguro “ garantia de renda?”, continuar como dono dos imóveis envolvidos, enfim resolver, pelo menos em parte, o malogro do milagre económico que forjaram durante tanto tempo.

Mais uma vez, o risco inicial seria público. Mais uma vez, os privados entrariam quando a coisa começasse a resultar bem. Mais uma vez o mesmo que das outras vezes.

400 € de renda para um imóvel de 100 mil €? Quantos imóveis de 100 mil € foram avaliados pelos bancos por 100 mil €? E o fundo serviria para gerir importantes operações de urbanismo? Mas querem mesmo mais operações de urbanismo? Já não basta de casas novas sem comprador? Querem mais?

Juízo, senhores.
Utilizem o dinheiro da troika para resolver os problemas da economia.
Os problemas financeiros, que resolvam eles mesmos os problemas que eles mesmos criaram.
Já não basta o BPN? Não?!                           

Nota final:
parece que o valor do caso BPN é muito próximo do que se pretende para o tal megafundo.

O grupo parlamentar do BE, solicitou, a 1 de Setembro, informações sobre os montantes das injecções de dinheiro no BPN. Em resposta, o Governo informou que «a dívida garantida pelo Estado ao BPN» ronda os 4,5 mil milhões de euros.
Porém, garante o BE, no relatório da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, o Governo revela que aquele montante chega na verdade aos 8,5 mil milhões de euros.

Nota finalíssima:
nenhuma destas decisões são colocadas ao escrutínio democrático e popular.
Porque será?


José Soluciolino

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O vício. Um companheiro até à morte!

Uma das últimas tolices do italiano foi, depois de ter perdido a maioria no Parlamento, escreveu numa folha branca “oito traidores”.
Parece que queria continuar na real palhaçada mais uns tempos.
Atenção que ainda não saiu. E mesmo que saia, tem jornais, televisões e outras conjurações que lhe darão voz enquanto quiser.

Quem não perdeu o pio, apesar de andar calado durante uns dias, foi o sr. Alberto João.
Mas isso foi um pequeno intervalo só para retemperar forças.

O XI Governo da Região Autónoma da Madeira toma hoje posse perante a Assembleia Legislativa. Alberto João Jardim encontra-se no poder há 33 anos. É já um vício.
Pode-se fazer tentativas de cura, tomar umas pílulas para reduzir os efeitos da abstinência, mas o bichinho continua lá.

É o vício! 


José Soluciolino



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Quem parte e reparte, costuma ficar com a melhor parte, penso eu...

Manifestamente fiquei surpreendido com a origem da palavra idiota.
Pelo que percebi, tem origem no termo grego idiótes que caracteriza o cidadão que se alheia de discutir os problemas da sua "cidade estado", cuidando exclusivamente das suas acções e assuntos particulares.

E assim estão os portugueses.
Uma vez por outra vão a votos na aldeia ou cidade e por aí se ficam. Depositam todas as grandes decisões num grupo de sábios que se arrogam o direito de experimentar modelos que eles próprios criaram e que, a cada dia que passa, os adulteram à medida das suas dúvidas.
Poucas pessoas se arriscam a colocar as perguntas certas. Poucas pessoas acham mentira nas promessas que lhes fazem.
É verdade. Também eu sou um idiota.
Lá de vez em quando tenho uns rasgos de lucidez, rápidos e escassos.
O que é que se pode fazer?
Cada um saberá até onde pode ir. Não me compete indicar direcções. Só posso dizer que vou tentar encontrar a minha. Nem mais nem menos!

Vem a propósito, a notícia da Renascença que, apoiada num estudo europeu da Deloitte, adianta que os portugueses pensam gastar mais que os alemães neste Natal.
Cá está! Primeiro pensamos como vai ser o nosso Natal, depois...
Depois, temos uns senhores muito sábios que vão providenciar para que continue a aparecer dinheiro.
E depois admiramo-nos que decidam primeiro como dividir esse dinheiro entre si.

José Soluciolino

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ir e vir. Durante o ficar, dormir. Costuma ser assim.!

Surpreendentemente chegou à minha caixa de correio uma promoção da TUI.
É só querer e posso ir a Madrid por 5 dias e dormir em Madrid por 4 noites, sair e regressar directamente de Ponta Delgada, tudo por apenas 290.00€.
Bem, não é bem só querer.
É necessário ter uns dias de férias entre 7 e 11 de Dezembro e, ter os 290.00€. 
Curioso é que, para sair de Ponta Delgada e ir até Lisboa gastei nem mais nem menos que 289.50€. Tenho o recibo que o prova.
Claro que regressei a Ponta Delgada. Devo também confessar que, para poupar uns trocos, dormi em casa de familiares.
Em Madrid isso seria impossível. Não tenho familiares por lá.
Mas então, onde dormiria eu em Madrid? Num hotel é claro!
Se assim é, fica uma forte dúvida.
Se, para ir a Lisboa gasto 289.50€ e, para ir a Madrid gasto 290.00€, isso quer dizer que para dormir em Madrid durante 4 noites só gasto 0.50€?
Não pode ser! Tem que haver uma explicação para isto!
Afinal quanto custa dormir em Madrid?
A viagem, já sabemos que mais milha menos milha não fará grande diferença.
Voltemos então à dormida.
Tinha que começar de alguma maneira, e, a melhor maneira que me ocorreu foi ler melhor o e-mail que me chegou.
O hotel em Madrid é o Praga.
Fui à internet ver qual o preço de um quarto. Marquei exactamente as mesmas 4 noites da promoção da TUI e cheguei à espantosa conclusão que dos 290.00€, 230.68€ teriam que ser para pagar o alojamento (o preço inicial era 432.00€). 230.68€ já se trata de um preço reduzido.
Cheguei portanto à triste conclusão que o voo da SATA , de ida e volta até Madrid só custará 59.32€.

Já agora, para que fique esclarecido, que a minha ida a Lisboa foi mesmo por necessidade, não foi para férias ou fazer compras ou ver futebol ou coisa assim. Foi mesmo por necessidade!
É preciso dizer mais alguma coisa?
Só se for um ou dois palavrões.
Daqueles....


José Soluciolino

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Quem grita mais alto, pode ser que cumpra melhor a lei!!

Quem não pede factura pode pagar 2000 euros de multa
A obrigação de contribuir para o alargamento da base tributária está do lado de quem passa e de quem pede facturas. Assim sendo, em 2012 vai haver um agravamento das multas para quem não cumpre a lei.
A proposta orçamental que se começa a debater na Assembleia da República no dia 10 prevê que quem se recuse a passar facturas pague uma coima entre os 150 e os 3750 euros, e que os particulares ou empresas que não as exijam paguem entre 75 a 2000 euros de multa.
Estas obrigações, definidas no Regime Geral das Infracções Tributárias (RGIT), abrangem as empresas, que têm de guardar as facturas durante 10 anos, e os particulares que, apesar de não terem de guardar facturas, são obrigados a pedi-las. No caso do item adquirido custar menos de 10 euros, basta pedir um talão que tenha a identificação fiscal da empresa.

Só tenho uma dúvida.
Posso pedir em voz baixa e educadamente ou é mesmo preciso berrar em plenos pulmões para que todos vejam que cumpro a lei?
E depois de as ter, a quem as mostro?
E se não sou obrigado a guarda-las, como é que alguém pode provar que não as pedi?

Até parece a rábula do Prof. Marcelo;
Tem que pedir a factura, não tem? Sim, tem!!
Mas, é obrigado a guarda-la? Não, não é!
Mas tem que pedir a factura,......


José Soluciolino

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

No dia de todos os santos, ... .é próprio "dar os dias santos"

Manuel Maria Carrilho defendeu esta terça-feira na TVI24 que a decisão de Papandreou de levar a referendo uma nova ajuda externa à Grécia, foi uma "jogada genial", uma vez que devolve ao povo o poder da decisão, ou seja, o factor democracia.

"Eu acho que no poker europeu é uma jogada genial, um lance genial de Papandreou. No sentido em que vai alterar os dados, todos os dados do jogo. Introduz um factor que foi aqui falado que é a democracia", disse.

Concordo.
Mas não da forma como o sr. Manuel Maria Carrilho defende.
Os dados vão ser adulterados. Quem os vai lançar, vai garantir que todas as faces vão apresentar resultado 6.

Entretanto....
O Le Monde avança hoje(quarta feira) que se a Grécia não cumprir o acordo a União Europeia irá bloquear a sexta parcela do primeiro resgate ao país no valor de oito mil milhões de euros. Essa será a mensagem que os líderes europeus irão transmitir hoje, em Cannes, ao primeiro-ministro grego, Georges Papandreou. Sem este cheque, a Grécia entra em bancarrota ... - democrática digo eu!

Entretanto....
O ministro do MNE anda pala América do Sul a vender Magalhães que, diga-se em abono da verdade é uma máquina "porreira pá!"
Mas isso agora nem interessa.
Interessou-me muito mais ver com que caras os lideres europeus iriam transmitir ao sr. Papandreou a  dita mensagem.

Foi com cara de "dar os dias santos"!
É que nem a propósito.

Dar os dias santos é uma expressão popular, que eu não conhecia, falada no programa "Lugares Comuns" de hoje.

Pois bem, dar os dias santos, tem origem no hábito de os padres anunciarem em cada dia o/os santos a quem as orações se deveriam dirigir.
Por ser um hábito que imponha aos fieis um determinado comportamento, passou a ser sinónimo de poder, mandar  fazer sem discussão.

E foi assim que os lideres europeus, Sarkozy e Merkel, deram os dias santos aos Gregos.

Nem mais um cêntimo enquanto a Grécia não adoptar as decisões dos 27!


José Soluciolino

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

As invasões de know how.... até tremo só de pensar nisso!

O jovem desempregado em vez de ficar na "zona de conforto" deve emigrar, disse o secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
Eu não estava lá para ouvir mas li a noticia na passada segunda-feira e aqui transcrevo
"Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras", disse o governante, que falava para uma plateia de representantes da comunidade portuguesa em São Paulo e jovens luso-brasileiros.
Segundo o mesmo responsável, o país não pode olhar a emigração apenas com a visão negativista da "fuga de cérebros".
Para Miguel Mestre, se o jovem optar por permanecer no país que escolheu para emigrar, poderá "dignificar o nome de Portugal e levar know how daquilo que Portugal sabe fazer bem".
Caso a opção seja por, no futuro, voltar a Portugal, esse emigrante "regressará depois de conhecer as boas práticas" do outro país e poderá "replicar o que viu" no sentido de "dinamizar, inovar e empreender".
Os jovens vão ser incentivados a emigrar...
Não precisam, sr. secretário. Vão é fugir enquanto é tempo, sr. secretário.
E o sr. secretário tenta a todo o custo acreditar nas suas palavras. E o sr. secretário sonha que tem o controlo da situação.

O que acontece de verdade, e o sr. secretário não quer acreditar, é que cá dentro não há expectativas, não há recursos que suportem os sonhos e os projectos que os jovens ambicionam. Nem vontade de apostar nos jovens.
Quem, no seu perfeito juízo acredita que o know how adquirido nas empresas por esse mundo fora, com o dinheiro dos investidores por esse mundo fora, apoiado por governos por esse mundo fora, vai, no futuro,invadir portugal? Quem?
Olha,.. o sr. secretário! 
José Soluciolino