CRÓNICAS DE: josé Soluciolino
À alguns dias atrás Peritos do Fundo avançaram com propostas que implicam rever o Código do Trabalho, aliviando os custos das empresas nas rescisões com trabalhadores do quadro, mais antigos.
Agora é o Srº Teixeira dos Santos, que na qualidade de ministro de Estado e das Finanças advertiu hoje que Portugal, a par do processo de consolidação orçamental, terá de "aprofundar" reformas no mercado de trabalho que promovam um ajustamento às actuais condições económicas.
E vai daí, passou ele próprio a dar o primeiro passo.
Anunciou hoje no Parlamento que as empresas públicas vão ter a liberdade de decidir onde vão cortar 5 por cento do total da massa salarial "com aprovação do ministro das Finanças", sublinhou. Até parece um jogador de futebol referindo-se a si próprio na terceira pessoa.
Imagine-se um patrão tipo Srº Espírito Santo (gosto muito deste porque me faz lembrar as sopas do Divino) a enviar instruções aos gerentes das lojas a que preside (na banca dá-se o bonito nome de Balcões) mas dizia eu que, dava instruções para serem eles próprios a decidir como pagar aos funcionários sob sua supervisão.
Eu não estou a imaginar, mas parece que é isso que o Srº Teixeira acaba de fazer.
Já lá vão 2 mil e 10 anos (escrever os números assim, dá-me um gozo....) que um tal Srº Herodes decidiu sobre o futuro com uma tigela de água.
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